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Pagar dívidas ou investir? Saiba o que fazer primeiro

Júlia Mendonça

15/11/2019 04h00

Bolsa em alta, investimentos cada vez mais acessíveis – a mão coça para ganhar dinheiro sem trabalhar, mesmo sabendo que você está endividado. Essa talvez seja a maior dúvida de quem está começando a cuidar do dinheiro. Precisa pagar todas as dívidas antes de começar a investir?

A resposta é: depende. Existem vários tipos de dívida. Então, antes de tudo, vamos descobrir quais são os principais:

– Cheque especial
– Rotativo do cartão
– Empréstimo de banco
– Empréstimo consignado
– Empréstimo familiar
– Crediário
– Financiamentos (qualquer tipo)

Dívidas caras

Algumas dessas dívidas têm os juros bem altos, passando de 10% ao mês. Só para você ter uma ideia, a maioria dos investimentos não paga esse rendimento em um ano inteirinho! Separei quais são elas:

Cheque especial (+10% de juros ao mês)
Rotativo do cartão (+10% de juros ao mês)
Empréstimo bancário (de 7%-10% ao mês)
Empréstimo familiar (evite confusão com seus familiares)
Agiota (juros altíssimos e risco de violência)

Por isso não invista se você tem qualquer uma das dívidas acima. É como se tivesse um balde com um furo enorme no fundo. Mesmo que você tente enchê-lo com todo o seu esforço, nunca vai conseguir.

Algumas dívidas são melhores do que outras 

Outras dívidas não têm juros tão altos assim. Algumas vezes eles são muito próximos do que você ganha nos investimentos. O empréstimo consignado tem juros menores que os juros bancários normais, mas dificilmente são menores que 1% ao mês. Nesse caso você pode construir sua reserva de emergência enquanto paga o empréstimo, porém depois disso se esforce para acabar com esse empréstimo.

Essa mesma lógica vale para o financiamento de carros. Os juros deles variam bastante, de 0,5% a 2% ao mês, e apesar de não serem tão baixos assim vale a pena preparar sua reserva de emergência antes mesmo de terminar essa dívida.

Outros artifícios que podem te auxiliar

Você pode usar seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para diminuir o saldo devedor de um financiamento imobiliário ou abater as parcelas mensais. Muita gente usa essa funcionalidade para movimentar o FGTS, já que o rendimento da conta é muito baixo.

Então, se você se enquadra na situação de dívidas com juros altos, faça um esforço para pagá-las o mais rápido possível e deixe os investimentos para depois. Dívidas com juros médios ou baixos podem conviver com a construção da sua reserva de emergência, porém tenha planos para eliminá-las.

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Sobre a autora

Júlia Mendonça é formada em comércio exterior pela Universidade Positivo. Atuou como planejadora financeira entre 2015 e 2018. Especialista em orientação e planejamento financeiro pessoal, é coach e consultora de finanças, pós-graduada em investimentos, finanças e banking. É influenciadora digital no nicho de finanças e investimentos em um dos maiores canais do assunto na área do Brasil.

Sobre o Blog

Dinheiro, finanças e investimentos de um jeito fácil e muito prático. O Descomplique vai fazer com que sobre grana no teu mês (e não o contrário!). Com linguagem simples e sem esconder as armadilhas do dia a dia que te deixam no vermelho, aqui você vai aprender a cuidar melhor do teu dinheiro e fazer com que ele trabalhe para você.