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Empréstimo: conheça as situações em que ele pode ser uma boa opção

Júlia Mendonça

08/08/2019 04h00

Fazer um empréstimo pode ser muito tentador. Esse é um valor disponível quase imediatamente na sua conta e que não vai exigir nenhum trabalho antecipado de sua parte, tendo, ainda, bons meses para poder pagá-lo. Exatamente por essa facilidade, muitas pessoas acabam se afogando com esse tipo de dívida e tornam-se cada vez mais dependentes dessa modalidade de crédito para realizar qualquer desejo que tenham.

Separei neste artigo algumas situações em que um empréstimo pode ser uma saída interessante e outras em que esse tipo de dívida não é a mais adequada para você. Confira abaixo.

Veja também:

Quando não fazer um empréstimo:

– Para comprar itens supérfluos
– Para pagar por viagens
– Para complementar seu salário

Essas ocasiões acimas podem ser resolvidas tranquilamente com um planejamento financeiro e um pouco de paciência.

O dinheiro que você toma no presente por meio do empréstimo vai custar muito caro no seu futuro. Isso significa que você vai ter que abandonar diversos sonhos para conseguir pagar por esse valor. Aos poucos, essa dívida acaba consumindo grande parte do seu orçamento, e o que sobra mal dá para pagar as contas do dia a dia, quanto mais usar para lazer ou poupar para o futuro.

Se a sua necessidade de ter mais dinheiro se dá por um desejo de consumo, a melhor saída é adiá-lo. Faça dele uma meta financeira e poupe mensalmente para alcançá-lo. Essa tarefa parece impossível no início, mas, com um pouco de dedicação e um planejamento financeiro bem feito, você terá esse valor em bem menos tempo do que imagina. E o melhor: sem dívidas para pagar.

Quando fazer um empréstimo:

– Para pagar dívidas com juros mais caros
– Em emergências

Não acredito que esse tipo de empréstimo seja a melhor opção para resolver as situações citadas acima. Porém, esses são dois casos em que a dívida pode fazer sentido em um orçamento. Antes de decidir recorrer ao banco, procure formas de renda extra e tente vender bens que estão parados. Somente após essas opções terem sido esgotadas é que esse crédito pode ser uma boa alternativa.

Os juros do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito são os maiores existentes no mercado. Se deixar essas dívidas se arrastarem por meses, o efeito "bola de neve" dos juros compostos pode destruir qualquer orçamento.

Cuidado com as altas taxas 

Hoje o empréstimo é oferecido automaticamente poucos meses após você entrar no cheque especial e rotativo do cartão e, apesar de ajudar muito na hora do aperto, alguns podem chegar a ter juros acima de 5% ao mês.

Para fugir dessa situação, vale a pena procurar refinanciamentos, que funcionam como empréstimos com bens (como carro ou imóvel) em garantia. Os juros nessa modalidade são bem menores. Mas tome cuidado, pois, se não pagar corretamente as parcelas, o seu bem pode ser tomado.

Em todas essas situações, é importante que você faça o seu planejamento financeiro antes de tomar qualquer decisão. Se optar por uma parcela maior que do que seu orçamento comporta, inevitavelmente acabará criando mais dívidas.

Você já precisou fazer um empréstimo? Pegou esse dinheiro para pagar uma dívida ou escapar de uma emergência? Conte aqui abaixo a sua experiência.

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Sobre a autora

Júlia Mendonça é formada em comércio exterior pela Universidade Positivo. Atuou como planejadora financeira entre 2015 e 2018. Especialista em orientação e planejamento financeiro pessoal, é coach e consultora de finanças, pós-graduada em investimentos, finanças e banking. É influenciadora digital no nicho de finanças e investimentos em um dos maiores canais do assunto na área do Brasil.

Sobre o Blog

Dinheiro, finanças e investimentos de um jeito fácil e muito prático. O Descomplique vai fazer com que sobre grana no teu mês (e não o contrário!). Com linguagem simples e sem esconder as armadilhas do dia a dia que te deixam no vermelho, aqui você vai aprender a cuidar melhor do teu dinheiro e fazer com que ele trabalhe para você.