Testei: se você não cozinha tão bem, é mais barato comer em casa ou fora?
Quando aparece a necessidade de cortar gastos e economizar, um dos primeiros conselhos oferecidos por educadores financeiros é: pare de comer fora de casa e faça todas as refeições em casa.
Apesar de parecer bastante óbvio e de haver benefício imediato, nem sempre esse hábito pode se tornar financeiramente vantajoso. Há alguns meses fiz a experiência de comer todos os dias em casa por duas semanas e fora de casa por mais duas semanas. O resultado que obtive foi totalmente contrário ao que eu esperava. Comer fora de casa se mostrou mais vantajoso do que fazer todas as refeições em domicílio.
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Diferença surpreendeu
A diferença não foi significativa e nos meus apontamentos gastei 5% a mais para comer em casa. Existe uma justificativa que corrobora esse gasto e que é particular para o meu caso, mas pode ser parecido para muita gente. Eu não sei cozinhar. Não é por preguiça ou falta de vontade de aprender, mas todas as experiências culinárias que tive resultaram em desastre. Comida queimada ou malcozida são minhas especialidades.
Por isso, a maioria das refeições que preparava em casa eram pré-cozidas ou nada muito elaboradas. Isso contribuiu para aumentar os meus gastos, tanto no almoço quanto no jantar. Houve refeições com as famosas comidas congeladas, que podem custar o mesmo do que um prato à la carte em um restaurante.
Durante o tempo em que comia fora de casa eu soube como ser muito econômica. Comia em restaurantes por quilo, evitava comprar bebidas durante as refeições, não comia sobremesa (não é um hábito que tenho em casa também) e fugia dos locais que cobravam mais caro.
Consegui achar restaurantes por quilo onde gastava R$ 12 no almoço. Mesmo valor que gastei comprando itens básicos para poder cozinhar em casa.
Onde é possível economizar
No período em que só comia em casa eu consegui economizar muito no café da manhã e no lanche da tarde. Comprar os ingredientes dessas refeições e usá-los durante os dias seguintes é a melhor maneira de fugir dos altos preços que as padarias cobram por lanches simples como um misto-quente, que pode chegar a mais de R$ 10, mas que custa menos de R$ 5 para fazer em casa.
Com esse experimento, percebi algumas atitudes que serão determinantes para diminuir bastante esses gastos:
– Caso não tenha tempo para cozinhar durante a semana, prepare as refeições no final de semana e congele.
– Evite compras pequenas no mercado. O ideal é fazer uma lista com todos os itens de que necessita e ir duas vezes por mês às compras. Visitas frequentes farão você gastar com itens desnecessários.
– Evite ao máximo produtos congelados – além de caros não são saudáveis.
– Caso comer em casa não seja uma opção, procure restaurantes por quilo ou leve comida preparada de casa para esquentar no micro-ondas.
Para pessoas solteiras ou que moram sozinhas, que não têm com quem dividir as compras, é muito fácil haver sobras e restos e com isso, o desperdício de comidas. Pães e frutas estragam rapidamente e é necessário compras em pouca quantidade para evitar isso.
As conclusões finais
Minha conclusão foi que comer em casa gasta muito mais tempo e dá bem mais trabalho e que comer na rua é mais prático e bem mais rápido, porém exige um cuidado maior nas escolhas feitas. O segredo está no equilíbrio.
Se escolher uma refeição do dia para fazer em sua casa, opte pelo jantar. No almoço, existem muitas opções mais baratas e com mais diversidade em bufês por quilo e com maior diversidade do que no jantar.
Já colocou no papel o quanto gasta com alimentação? Experimente anotar tudo e ver o que pode modificar no seu dia a dia para ser mais econômico.
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