Eu pago todas as contas da casa! Está certo isso?
Não é surpresa para ninguém que dinheiro é uma das maiores causas de divórcio e brigas entre os casais. Infelizmente na nossa cultura falar sobre finanças ainda é pouco rotineiro e esse hábito é um grande gerador de problemas.
Isso fica bastante evidente na hora de cuidar da grana e das despesas da casa. Geralmente apenas um dos membros do casal fica responsável pelas finanças e devido a isso, os problemas como falta de dinheiro e contas atrasadas se intensificam. Como resolver isso? Quem deve ser o responsável pelo dinheiro da casa?
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Quem gere melhor?
Uma situação muito comum em casais é de uma pessoa ser a responsável por pagar as contas, fazer o planejamento e investir, enquanto a outra apenas é uma completa alienada da situação financeira da casa. Acaba que uma parte fica com a fama de certinha e a outra de perdulária.
A verdade é que não é bem assim. Quem controla as finanças, em alguns casais, é alguém que não tem a menor ideia e noção de gestão, não gostaria de estar naquela situação, porém lhe foi imposta essa função.
A pessoa não consegue dizer não para os gastos dela e dos outros, não consegue pensar em fazer um planejamento de curto e longo prazo e acaba errando quando dá limites demais para os familiares.
Por outro lado, a pessoa gastadora não necessariamente sabe que está esbanjando, ela simplesmente tem o aval para gastar uma certa quantia por mês com o que bem entender e assim o faz, não vendo mal nenhum nesse ato. Se fosse para dar um veredito sobre essa situação, seria: conversem mais.
Quem será o responsável
É preciso ficar bastante claro quem é responsável pela gestão do dinheiro em casa. Caso um dos membros não se sinta confortável com a tarefa, pode ser que o outro tenha que assumir a função ou que ambos dividam igualitariamente esse trabalho.
Independente da escolha, o respeito deve imperar nesse momento. Impasses em relação ao orçamento e gastos individuais sempre irão ocorrer. Não deixe de expor a sua opinião de forma educada nesse momento. Guardar sentimentos não é o caminho para ter uma relação saudável.
Lembrei do relato de um cliente que tive quando atuava como planejadora financeira. A pessoa ganhava muito bem e era a responsável por administrar as finanças. Ela me contou que não aguentava mais a situação em que se encontrava, pois tinha de trabalhar cada vez mais para poder pagar por diversas coisas das quais ela mesma não gostava, mas que não conseguia baixar o padrão, pois a família vivia como se a realidade financeira fosse diferente, muito acima do patamar com o qual podiam arcar.
Dividindo despesas
Se você deseja ter uma vida junto da pessoa com quem está hoje, precisa confiar nela e conversar sobre salário, objetivo e realidade de ambos. Não tem como uma relação ser sustentável sem honestidade financeira.
A primeira coisa que se deve fazer é decidir como prosseguir com as finanças. É possível ter uma conta conjunta no mais belo estilo "é tudo nosso", dividir tudo meio a meio quando os ganhos forem muito próximos ou fazer proporcional aos salários.
O importante é que nenhuma das partes fique sobrecarregada com a obrigação de cuidar das finanças sem ter apoio e sem conversar com mais ninguém sobre as possíveis decisões a serem tomadas, e que a outra parte tenha interesse na realidade da casa e que esteja mais presente no dia a dia, sem precisar fingir uma demência financeira para continuar justificando seus gastos impensados.
Em qual dessas posições você se encontra hoje e o que está faltando para mudar essa realidade?
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